terça-feira, 8 de abril de 2008

Um dia na vida


Um barulho toma conta do ambiente que antes estava em profundo silêncio. O despertador do celular que fica ao lado da minha cama de casal anunciando a hora de acordar. Eram 5h e 30 min da manhã de domingo, dia 06 de abril de 2008. Estirei meus braços desfalecidos e desliguei o despertador apertando um botão achatado que fica no lado esquerdo do meu celular de cor cinza, daqueles já ultrapassados devido às inovações tecnológicas e o consumo desenfreado que o mundo capitalista nos impõe. O aparelho não tem câmera, não grava, não faz nada além de fazer e receber ligações.
Com muita dificuldade abrir meus olhos e aos poucos fui reconhecendo o local. O forro branco de plástico escondia as telhas e se perdia nas paredes também brancas que entravam em contraste com as janelas de madeira marrom e vidro transparente que deixava ultrapassar o clarão que vinha lá de fora e refletia no espelho pendurado na parede. Naquele momento o que eu mais queria era poder fechar os olhos e voltar a dormir, como sempre faço aos domingos e acordar bem tarde quando a cama já incomoda e o corpo já se sente cansado de não fazer nada. Passei 15 minutos virando de um lado para o outro, me esticando, lamentando o fato de ter que me levantar, mas sabia que meu compromisso era sério e precisava me apressar para pegar o ônibus das 6h e 15 min. Depois de muito esforço conseguir levantar-me, sentei-me na lateral da cama fiz minhas orações, calcei minha sandália havaiana de último modelo, daquelas que combinam em tudo com a Juliana Paz, e agora de pé, andei em direção a porta do quarto, girei a maçaneta redonda de cor bronze, abrir a porta e fui em direção ao banheiro, onde dentro do armário de parede embutido, daqueles que tem um espelho como porta, peguei minha escova de dente branca com detalhes lineares e curvilíneos laranja, escovei meus dentes e em seguida abrir o chuveiro tomei banho rápido, coloquei uma calça (cigarrete) jeans escuro e uma bata de tecido leve vermelha, chinelo rasteiro marrom, maquiagem, perfume, desodorante e sem ao menos tomar café, sair. Abrir o portão de ferro verde que se abre para dentro, da direita para esquerda, desci as escadas rapidamente, passei pelo portão que dar acesso a rua, que naquele momento estava silenciosa e sem ninguém do lado de fora de suas casas, e pelo meio dela, andei em direção ao ponto de ônibus. No meio do caminho meu celular toca, era minha prima Liliam, (alta, magra, de cabelos encaracolados, castanhos claros, toda torta, ela é a figura mais intrigante que eu já conheci, sonsa, alegre, não está nem ai para os problemas da vida). Atendi ao telefone, era aquela voz gasguita me dizendo: - Eu já estou pegando o ônibus aqui, você está no ponto? Considerando que do ponto dela para o meu, mais ou menos, levaria apenas menos de minuto, corri desesperada e cheguei ao mesmo tempo do ônibus da empresa Santana. Segui viagem para a cidade de Feira de Santana, onde faria um Curso de Formação de Jovem (Johvem 2) da Igreja Messiânica Mundial do Brasil. A viagem foi longa, paramos em todas as cidades que encontramos pela frente, São Félix, Cachoeira, Conceição da Feira e as que também, não encontramos pela frente como São Gonçalo dos Campos, que é preciso desviar o caminho para entrar na cidade.
A viagem até que foi divertida além de Liliam também estava uma amiga minha, Edcleia, mas ela prefere que a chame de Cléia, (estatura mediana, 21 anos, pele branca, nariz afilado, cabelo loiro, liso, bastante comprido medindo abaixo de sua cintura, olhos claros cor de mel, ela é aquele tipo de pessoa bastante divertida, que acha graça em tudo, que não tem nenhuma vergonha). O problema da viagem é que normalmente o que fazemos de carro pequeno em meia hora, levamos duas horas e 10 minutos para chegar, ou seja, chegamos a Feira 8h e 25 min. Fomos direto para o Johrei Center (como a Igreja intitula seus núcleos espalhados pelo mundo) que fica na Avenida João Durval, na rua ao lado do Supermecardo Faça Feira. Entramos no Johrei Center, que pela doutrina da religião se basear nas Leis da Natura, na Verdade, no Bem e no Belo não é como as igrejas tradicionais que conhecemos. O projeto arquitetônico do templo leva muito em consideração as leis naturais. Logo na entrada tem piscina de fundo azul, e os espaços para caminhar até a nave é alternado entre gramas e partes de cimento, ao lado e no fundo parques infantis, lindos jardins com fontes, rosas vermelhas, rosa e branca e diversas flores são espalhados pelo local. O altar segue a tendência oriental, já que a igreja é de origem japonesa. A nave possui um ambiente agradável, com músicas suaves, iluminado, fresco, com arranjos de flores naturais belíssimos (Ikebanas).
Liliam, Cléia e eu, nos dirigimos ao altar e entoamos a oração em japonês e cumprimentamos as pessoa presentes. A aula começou às 9h impreterivelmente, o que é muito normal, pois a Igreja Messiânica é o único local que conheço em que os horários são respeitados severamente. No encontro que durou das 9h às 17h, discutimos coisas de vários assuntos da nossa vida, familiar, sentimental, profissional, nossa relação com a natureza, a história da nossa religião, a filosofia e ensinamentos messiânicos.
O retorno para casa, não foi nada fácil, tivemos que andar até a rodoviária, gastamos mais ou menos 25 min. O que melhorava era o foto de estarmos num grupo de oito pessoas na mesma situação, eram 5h e 30min e só tinha ônibus 7h para São Félix e 7h e 30min para Cruz das almas, destino dos demais pessoas que estavam com nós três.
Depois de uma hora e meia de fazer nada, nosso ônibus chegou e partimos para casa, no mesmo roteiro da ida. Chegamos em São Félix, descemos na rodoviária, andamos pelo calçamento de paralelepípedos, atravessamos a linha do trem em frente a Ponte D. Pedro II e do outro lado já havia um táxi, um gol duas portas branco, com um taxista gritando: Muritiba, Muritiba! Andamos ansiosas, e apesar da pouca distância entre nós e o táxi, parecia uma eternidade para alcançá-lo.
Logo subimos a serra cheia de curva, a vontade de chegar em casa era tão grande que nem mais reconhecia os locais por onde estava passando. Chegando o meu ponto, desci paguei ao taxista com uma nota de R$ 2,00 e seguir o caminho. Minha rua agora parecia outra, estava totalmente diferente da manhã do mesmo dia, muita pessoas na rua, crianças, barulhos, carros, bicicletas, motos. Cheguei a minha casa, abrir o portão de baixo que dar acesso direto a rua, subir as escadas em passos lentos, cansada e dando graças a Deus por ter chegado, entrei em casa, minha irmã estava deitada no sofá com o cabelo preto encaracolado solto, uma “mini” saia jeans, uma apostila e um lápis na mão, estudando. Tomei um belo banho, no chuveiro que caia uma água fria, vestir um vestido fresco de cor amarelo e rosa. Sentei em frente ao meu computador preto, cuja tela não é de LCD, e comecei a escrever tal texto que você agora, acaba de lê.

Um comentário:

Leandro Colling disse...

leva o leitor no teu dia, mas precisa resolver os problemas gramaticais. veja, por exemplo, os trechos:

O despertador do celular que fica ao lado da minha cama de casal anunciando a hora de acordar.

Com muita dificuldade abrir meus olhos (abrí)

Depois de muito esforço conseguir (consegui)

abrir a porta e fui em direção (abri)

menos tomar café, sair. Abrir (saí)

portão que dar acesso a rua (dá)

A viagem até que foi divertida além de Liliam também estava uma

e os espaços para caminhar até a nave é alternado entre gramas e partes de cimento (olha a concordância!!)

Cheguei a minha casa, abrir o portão de baixo que dar acesso (problema sério ao usar abri ao invés de abrir)

tal texto que você agora, acaba de lê. (ler)