segunda-feira, 7 de abril de 2008

Dias iguais

Seis e meia hora de acordar. Ainda com bastante sono preparei-me para mais um dia comum de aula. Moro em São Félix e minha faculdade é na cidade vizinha, Cachoeira. Por isso, preciso sair com meia hora de antecedência para não me atrasar. Mas na quarta passada isso foi impossível.
Cheguei e a aula já havia começado. Estava com muito calor. Andei o mais rápido que pude para chegar a tempo ou em cima da hora, mas foi em vão. O forte ar condicionado não conseguiu amenizar meu calor. Mudei de lugar, preferir a primeira fileira. Aquela sala me incomoda bastante. Lá existem pelo menos 20 computadores, o quadro branco fica posicionado na lateral, o professor, seja sentado ou em pé, não ganha visibilidade, mas entre tantos inconvenientes ainda salva o moderno ar condicionado.
Sentada na cadeira já estava impaciente. Quarta-feira em especial é um dia cansativo. Aula no período da manhã e da tarde. Fui almoçar em casa. Isso quer dizer atravessar uma ponte. Esta ponte tem não sei quantos metros, mas com um sol do horário de meio dia aliado à fome, ela se torna bastante extensa.
A aula do período da tarde me interessa particularmente. Tenho enorme simpatia pelo professor e pela disciplina. Acho o vídeo uma forma interessante de aliar prática e teoria dentro da área do jornalismo. No entanto, o fato de gostar não isentava de me sentir cansada. A aula era bem grande. Custava-me uma tarde inteira.
A minha vida, pelo menos depois que a faculdade entrou nela, era rotineira. Esporadicamente, alguns professores promoviam eventos culturais que eu adoro participar. Na quarta foi exatamente um desses dias. Uma palestra estava marcada para as sete horas. Cheguei um pouco atrasada. Não era a primeira vez que visitava aquele sebo, ainda recém chegado na cidade. O dono, um senhor, figura excêntrica, estava sempre com um cigarro na mão, fumando sem parar. Aquela casa antiga, adaptada para comportar livros, sofás e ainda um bar já cheirava cigarro e mofo.
Estudantes e professores já estavam inquietos pois já passava uma hora do atraso da palestra. Mas o aconchego do lugar propiciava conversas paralelas. Todos queriam saber como seria a experiência de ter ido a Antártida. Lugar que o professor Carlos fora numa atividade jornalística.
Palestra iniciada e eu observava a formação natural de grupos: alunos recém chegados, veteranos e professores. A fala do professor foi curta e interessante. Algumas imagens deram vivacidade a sua fala.
A noite foi finalizada com uma rodada de pizza e conversas até a madrugada.
Só ao deitar me dei conta que quinta-feira seria mais um dia igual. Com bastante sono e pouco disposição.
Tamires Peixoto

Um comentário:

Leandro Colling disse...

faltou a descrição dos lugares. ficou só na narração, eu solicitei: narrar sem deixar de descrever tb