terça-feira, 1 de abril de 2008

Mulher e menina

Por Marlene Lima
Toc, toc, toc...vai furar o chão com seu saltinho. Lá vem ela, toda magricela, tem um corpo de boneca. Toda se bolindo...e já vem sorrindo. Cabelos um pouco abaixo do ombro, pontas enroladinhas. E são seus cabelos e olhos negros. Negros como a noite com falta de energia; onde a lua resolveu se esconder dentre as nuvens do céu nublado. Sua pele negra, negra e beleza pura. É um violão? Não. São suas curvas bem definidas de quem pratica academia em busca da perfeita harmonia corporal. Mas ela não. Ela não liga pra essas coisas, para ela seria perda de tempo. Como já cantava Armandinho “Papai do céu na hora de fazer você,ele deve ter caprichado pra valer...”, ela deveria ser a musa inspiradora dessa letra.
No rosto, quase nada de maquiagem, apenas um brilho nos seus lábios escuros. É uma mulher com ar de menina. Boca, olhos e nariz, juntos fazem a harmonia do seu comprido e fino rosto. Se usa esmaltes nas unhas, deve acontecer bem raramente. A simplicidade é uma das suas caracterísitcas.
“Olha a princesinha!” Ressaltou sua colega. Ela usa o que quiser, onde puder. Sapatinhos, alpercatinhas, tudo inho e quase tudo rosinha. Será que a Penélope charmosa saiu das telas para conhecer a cidade histórica da Cachoeira? Combina tudo como quer. Sapato e cinto. Fútil? Alguns até a acham assim, mas gosto é gosto.
“Olha só: eu estou zen. Não tô esquentando com nada.” Ela fala para as colegas, toda nervosinha. “O trabalho é em equipe, e você quer saber de partes?”. Hora se estressa, hora está nem aí. É amiga e mãe. Tem seus momentos de bronca e o momento do aconchego. Tem sempre uma palavra a dá, uma opinião a expor, um sorriso amigo para distribuir.

Um comentário:

Leandro Colling disse...

bom, mas faltam os aspectos físicos pra formar imagem