Maiane Matos
Sexta-feira 04/04/2008 – Entre sonhos e delírios, lá estava eu mais uma vez tentando despertar. A luz do dia já clareava todo o meu quarto e do lado de fora, o barulho do trem passando já indicava que era hora de levantar.
Enquanto eu tentava abrir os olhos lentamente, o meu celular vibrava em cima do criado-mudo marfim repleto de bibelôs e fotos, era o meu namorado quem ligava.
Depois de atender a ligação, ensaiei mais um cochilo, porém o despertador marcando 07hr, não deixava. Agarrei meu urso de pelúcia macio, puxei meu lençol fininho cobri o meu rosto e tentei dormir novamente, mas não consegui. Parecia ser mais um dia normal, mas apenas pareceu.
Levantei, tomei o meu banho, café, e corri para o ponto das vans, afinal eu não teria aula nesse dia e aproveitei para ir para casa. Estudo
Era 10h40minAM quando parei na Praça Padre Mateus da minha cidade. O cheiro de casa estava cada vez mais próximo. Carros, bicicletas e pessoas disputavam o espaço das ruas movimentadas. Caras conhecidas passavam por mim e entre um sorriso e outro eu andava depressa e ansiosa.
A rua onde eu moro nunca muda. As casas, os moradores, o cheiro é sempre o mesmo. Ao longe, já avistava aquele muro enorme de cor cinza que contrastava com o marrom descascado do portão. A calçada ainda estava molhada, alguém acabara de lavar. O vento balançava as rosas vermelhas do jardim, um pouco desorganizado, mas que sempre chamou a atenção de todos.
Fui me aproximando. Toquei a campanhia e ninguém me atendeu. Toquei mais uma vez, porém com a exposição ao sol estava tão ressecada que eu acabei quebrando, aí é que ninguém iria me atender. Resolvi chamar no portão e apenas a cadela poodle latiu. Não tinha ninguém
Minha vó pequenina como sempre, vestida de branco por causa da sua devoção com o dia, era sexta-feira. Meu avô com o seu semblante calmo e sereno de sempre, caminhava ao lado dela. Logo os sorrisos foram abertos e o abraço concluiu aquela cena.
Pedi suas bênçãos, entrei em casa, tudo no mesmo lugar como sempre. Os panos de chão nas entradas das portas, o aroma das flores dando um toque especial, gatos e cachorro correndo por aqueles corredores longos da lateral da casa. Suspirei feliz e tranqüila: estou em casa.
A tarde passou devagar. Era a minha ansiedade que não deixara o tempo correr da forma natural. Eu estava esperando alguém muito especial. Depois de um longo dia de espera, o reencontro e a felicidade. Quem eu esperava acabara de ligar avisando que já havia chegado, afinal fazia dois meses que eu não o via. Um beijo, um afago, um carinho, era o que eu precisava naquele momento. A noite estava apenas começando.
2 comentários:
bom texto, boa seleção de detalhes.
problemas com vírgulas, um erro de digitação e um de concordância
os problemas estão em
A luz do dia já clareava todo o meu quarto e do lado de fora, o barulho
Agarrei meu urso de pelúcia macio, puxei meu lençol fininho cobri o meu rosto
Dentro do carro entre os gritos do cobrador e as paradas do motorista, eu
Era 10h40minAM
afinal fazia dois meses
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