segunda-feira, 7 de abril de 2008

O começo sem fim


Maiane Matos

Sexta-feira 04/04/2008 – Entre sonhos e delírios, lá estava eu mais uma vez tentando despertar. A luz do dia já clareava todo o meu quarto e do lado de fora, o barulho do trem passando já indicava que era hora de levantar.

Enquanto eu tentava abrir os olhos lentamente, o meu celular vibrava em cima do criado-mudo marfim repleto de bibelôs e fotos, era o meu namorado quem ligava.

Depois de atender a ligação, ensaiei mais um cochilo, porém o despertador marcando 07hr, não deixava. Agarrei meu urso de pelúcia macio, puxei meu lençol fininho cobri o meu rosto e tentei dormir novamente, mas não consegui. Parecia ser mais um dia normal, mas apenas pareceu.

Levantei, tomei o meu banho, café, e corri para o ponto das vans, afinal eu não teria aula nesse dia e aproveitei para ir para casa. Estudo em São Félix, mas sou de Santo Antonio de Jesus. Segui o meu caminho. Dentro do carro entre os gritos do cobrador e as paradas do motorista, eu só tinha uma vontade: chegar logo em casa.

Era 10h40minAM quando parei na Praça Padre Mateus da minha cidade. O cheiro de casa estava cada vez mais próximo. Carros, bicicletas e pessoas disputavam o espaço das ruas movimentadas. Caras conhecidas passavam por mim e entre um sorriso e outro eu andava depressa e ansiosa.

A rua onde eu moro nunca muda. As casas, os moradores, o cheiro é sempre o mesmo. Ao longe, já avistava aquele muro enorme de cor cinza que contrastava com o marrom descascado do portão. A calçada ainda estava molhada, alguém acabara de lavar. O vento balançava as rosas vermelhas do jardim, um pouco desorganizado, mas que sempre chamou a atenção de todos.

Fui me aproximando. Toquei a campanhia e ninguém me atendeu. Toquei mais uma vez, porém com a exposição ao sol estava tão ressecada que eu acabei quebrando, aí é que ninguém iria me atender. Resolvi chamar no portão e apenas a cadela poodle latiu. Não tinha ninguém em casa. Esperei alguns minutos até meus avós chegarem. Estavam no supermercado.

Minha vó pequenina como sempre, vestida de branco por causa da sua devoção com o dia, era sexta-feira. Meu avô com o seu semblante calmo e sereno de sempre, caminhava ao lado dela. Logo os sorrisos foram abertos e o abraço concluiu aquela cena.

Pedi suas bênçãos, entrei em casa, tudo no mesmo lugar como sempre. Os panos de chão nas entradas das portas, o aroma das flores dando um toque especial, gatos e cachorro correndo por aqueles corredores longos da lateral da casa. Suspirei feliz e tranqüila: estou em casa.

A tarde passou devagar. Era a minha ansiedade que não deixara o tempo correr da forma natural. Eu estava esperando alguém muito especial. Depois de um longo dia de espera, o reencontro e a felicidade. Quem eu esperava acabara de ligar avisando que já havia chegado, afinal fazia dois meses que eu não o via. Um beijo, um afago, um carinho, era o que eu precisava naquele momento. A noite estava apenas começando.

2 comentários:

Leandro Colling disse...

bom texto, boa seleção de detalhes.

problemas com vírgulas, um erro de digitação e um de concordância

Leandro Colling disse...

os problemas estão em

A luz do dia já clareava todo o meu quarto e do lado de fora, o barulho

Agarrei meu urso de pelúcia macio, puxei meu lençol fininho cobri o meu rosto

Dentro do carro entre os gritos do cobrador e as paradas do motorista, eu

Era 10h40minAM

afinal fazia dois meses