"A Bahia apresenta várias identidades, distribuidas em diversas regiões do Estado, mas apenas uma nos representa", disse Albino Rubim, Prof. Dr. da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Nas últimas décadas, o conceito de baianidade foi "criado" para representar o povo baiano. Um estilo pertencente à grande Salvador e ao Recôncavo, que foi utilizado como marca do Estado, e assim hoje o Estado é visto pelo resto do país. Porém, este estilo não representa de fato todo o povo da Bahia. Regiões como o sertão, o agreste e o sul do Estado possuem uma cultura totalmente diferenciada da apresentada, onde não se faz presente, por exemplo, o homem nordestino, o cacau e as carrancas.
O fator mais importante para essa massificação de um estilo que representasse o povo baiano foi a vinculação dessas imagens, sons e palavras através da Rede Bahia, filiada da Rede Globo e que pertence ao grupo Magalhães. Segundo o Prof. Doutor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Miguez, o próprio Antônio Carlos Magalhães (ACM) utilizou-se dessa cultura de origem afro para se tornar popular e querido pelo povo. "Ele adotou essa cultura para sí e para a Bahia", disse Miguez.
Ao contrário do que muitos pensam, entretanto, essa cultura baiana existe e não foi inventada por partidos políticos. A capoeira, o candomblé e o axé são elementos presentes na terra baiana. O que foi feito por ACM e seu grupo foi resgatar estes personagens, cultos e ritmos e levá-los à categoria de únicos representantes dessa baianidade, esteriotipando-os em certo medida.
Ao se falar em estereótipos, também nos vêm à cabeça imagens como o baiano preguiçoso, da fala arrastada e que passa todo o dia deitado na rede, além, claro, de viver de festas. Essa imagem que já estava presente nas letras de Caymmi nos anos 40 e 50, ou nos livros de Jorge Amado, também é presente e real no imaginário de muita gente que desconhece a Bahia. A população baiana é uma das que apresentam o maior número de horas de trabalho, além de ser nas festas, a estilo do carnaval, que muita gente pode trabalhar, sejam como empresários, ambulantes ou catadores de lata.
2 comentários:
Problemas: texto parece mais um artigo, pois não diz de quem são as idéias desenvolvidas. Parece que as idéias são suas e não dos palestrantes! Alguns erros ortográficos tb.
Esqueci: o título revela muito sobre o que disse sobre o texto parecer um artigo. Veja bem isso, pois não pode entregar uma notícia que parece um artigo, ok?
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