quinta-feira, 27 de março de 2008

Matérias do Reverso Editadas

Educação

Cachoeiranos também foram vítimas da Inquisição

Historiador tratou sobre o assunto na aula magna promovida pelo CAHL

Maiane Matos

Vinte e seis pessoas foram vítimas da Inquisição em Cachoeira. A revelação é do professor, antropólogo e historiador Luiz Mott, que ministrou a aula magna de abertura do semestre do Centro de Artes, Humanidades e Letras (CAHL), realizada no Centro Cultural Dannemann, em São Félix. O fundador do Grupo Gay da Bahia tratou sobre a “Inquisição em Cachoeira”, ressaltou a importância do tema para a cidade e mostrou satisfação em estar sendo o primeiro a expor o assunto.
Mott explicou que a Inquisição foi fundada na Idade Média e usava um brasão intitulado “Misericórdia e Justiça”. Duas mil pessoas, no Brasil, foram presas pela Santa Inquisição e vinte foram acusadas e queimadas. Na Bahia, 235 foram vítimas dela. Para o professor, a chamada “Santa Inquisição”, dirigida pela Igreja Católica, acusava as pessoas e só depois de muita investigação decidia o destino do acusado. “A maior parte dos registros históricos do Brasil, em especial na época da Inquisição, encontra-se na Torre do Tombo em Portugal”, relatou Mott.
A aula magna fez parte do Reencôncavo, uma série de atividades promovidas pela diretoria do CAHL especialmente para os calouros. Além da palestra de Mott, o Reencôncavo contou com outras palestras, exposições e muita música dos grupos Percussão Ngoma, Gegê Nagô e Lírica. No primeiro dia, os novos alunos foram recepcionados pelo diretor do CAHL, Xavier Vatin, o vice André Itaparica, os coordenadores dos cursos e pelo reitor Paulo Gabriel Nacif e o seu vice Sílvio Soglia.

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