terça-feira, 18 de março de 2008

Em busca da verdadeira baianidade

"A Bahia apresenta várias identidades, distribuidas em diversas regiões do Estado, mas apenas uma nos representa", disse Albino Rubim, Prof. Dr. da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Nas últimas décadas, o conceito de baianidade foi "criado" para representar o povo baiano. Um estilo pertencente à grande Salvador e ao Recôncavo, que foi utilizado como marca do Estado, e assim hoje o Estado é visto pelo resto do país. Porém, este estilo não representa de fato todo o povo da Bahia. Regiões como o sertão, o agreste e o sul do Estado possuem uma cultura totalmente diferenciada da apresentada, onde não se faz presente, por exemplo, o homem nordestino, o cacau e as carrancas.
O fator mais importante para essa massificação de um estilo que representasse o povo baiano foi a vinculação dessas imagens, sons e palavras através da Rede Bahia, filiada da Rede Globo e que pertence ao grupo Magalhães. Segundo o Prof. Doutor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Paulo Miguez, o próprio Antônio Carlos Magalhães (ACM) utilizou-se dessa cultura de origem afro para se tornar popular e querido pelo povo. "Ele adotou essa cultura para sí e para a Bahia", disse Miguez.
Ao contrário do que muitos pensam, entretanto, essa cultura baiana existe e não foi inventada por partidos políticos. A capoeira, o candomblé e o axé são elementos presentes na terra baiana. O que foi feito por ACM e seu grupo foi resgatar estes personagens, cultos e ritmos e levá-los à categoria de únicos representantes dessa baianidade, esteriotipando-os em certo medida.
Ao se falar em estereótipos, também nos vêm à cabeça imagens como o baiano preguiçoso, da fala arrastada e que passa todo o dia deitado na rede, além, claro, de viver de festas. Essa imagem que já estava presente nas letras de Caymmi nos anos 40 e 50, ou nos livros de Jorge Amado, também é presente e real no imaginário de muita gente que desconhece a Bahia. A população baiana é uma das que apresentam o maior número de horas de trabalho, além de ser nas festas, a estilo do carnaval, que muita gente pode trabalhar, sejam como empresários, ambulantes ou catadores de lata.

2 comentários:

Leandro Colling disse...

Problemas: texto parece mais um artigo, pois não diz de quem são as idéias desenvolvidas. Parece que as idéias são suas e não dos palestrantes! Alguns erros ortográficos tb.

Leandro Colling disse...

Esqueci: o título revela muito sobre o que disse sobre o texto parecer um artigo. Veja bem isso, pois não pode entregar uma notícia que parece um artigo, ok?