domingo, 30 de novembro de 2008

Fim de festa

Fim de festa
Eu, minha irmã e mais duas primas resolvemos ir a um showzinho. Diga-se de passagem, de ingresso caro e que no final das contas não foi muito bom.
Somos quatro mulheres “lisas” que saímos com uma cota de dinheiro pra beber e o que sobrasse, ou melhor, o que tinha que sobrar, seria pra voltarmos para casa com um meio de transporte que até os últimos 20 minutos do final da festa não sabíamos o qual seria...

-Vamos?
-Vamo! Onde será que tem um táxi?
-Um táxi daqui até em casa deve ser caro!

Minha irmã vem em minha direção com seu namoradinho.

-E ai vocês vão pra casa de que? Pergunta o namoradinho de minha irmã.
-De táxi. Responde alguém que tava conosco.
-Meu amigo ta de carro, vocês querem uma carona?

Olho para o lado a procura do tal do amigo dele, vejo um sujeito de estatura mediana, cambaleando com uma latinha de cerveja na mão. Os olhos “trocados”.

-Vamo! Eu deixo vocês em casa.

Pensei duas vezes, mas quando olhei para o lado, minha prima Lívia que não pensou nem por um minuto, já estava acomodada dentro do carro. “Vamos economizar dinheiro!” diria ela. Então entramos todos no carro.

- Coloca Fantasmão ai! Eu que já não estava em sã consciência, fiz esta solicitação.

Quando ele entrou no asfalto comecei a fazer uma prece, não só eu, mas minhas primas e minha irmã. Ah, o namoradinho dela também...

“Ai, Deus nos proteja!” Pensei.

“Se acontece alguma coisa minha mãe me mata.” Era o que eu lia nas expressões de Amana.
- Ai, será que o que economizaremos vale nossas vidas? Momento de reflexão de Lívia.

Estávamos todos na maior tensão. Minha irmã me olhava como que queria dizer: “calma calma. Vai acabar tudo bem. Mas, se acontecer algo a culpa é de Lívia que entro no carro primeiro”.

Ao longe avistamos um viaduto

- Ai meu Deus, é agora! Fechei os olhos. Seja o que Deus quiser...

Como num flash o “nosso motorista” subiu com tudo o viaduto, com uma velocidade absurda.

“Aaaahhhhhhhhhhhhhh!!!!!” Gritamos todos mentalmente, espremendo-nos no banco do carro.

Como num piscar de olhos estávamos em casa. O cara depois que nos deixou, saiu rasgando avenida a dentro. Nós, paralisados, nos olhamos sem dizer nada e Lívia como num desabafo:

- Essa foi por pouco!

Um comentário:

Victor Costa disse...

Sem dúvida, uma aventura arriscada.