terça-feira, 11 de novembro de 2008

Dia cheio!

Segunda-feira, 10 de novembro – Dia de acordar cedo, além da aula ainda precisava encarar uma viagem. Lise passou o final de semana na casa do noivo, em Feira de Santana, e deveria acordar mais cedo que o normal para pegar o ônibus. O despertador toca 5:30h, mas o sono insiste em continuar, o soneca toca umas 4 vezes, de 10 em 10 minutos, e nada! Na quinta vez resolveu levantar. A ficha caiu ao ver o atraso e logo correu para o banho. Escovar os dentes e tomar banho ao mesmo tempo não costuma ser feito, mas naquela hora, era de fato necessário. A roupa já estava separada, até porque ela já previa um possível atraso, e esta hora de escolher uma roupa é sempre bem demorada. Colocou os brincos e a pulseira, penteou os cabelos com tal rapidez que nem parecia, colocou desodorante e passou o perfume. Comer nem pensar, um Nescau de caixinha ajudou na pressa. Catou algumas de suas coisas espalhadas pela casa. O celular e alguns de seus textos estavam no escritório, os óculos em um móvel ao lado da cama. Recolheu tudo e colocou em sua bolsa. Seu noivo também se aprontou rápido, até porque também estava atrasado para o trabalho. Ela abriu o portão para o carro e parou um momento com a impressão de que teria esquecido algo, o que é normal quando se está atrasada. Ou fica com a impressão ou de fato esqueceu. O que não foi seu caso, porém no momento em que trancava o portão seu noivo percebeu que esquecera o óculos escuro. Lise voltou rapidamente e o pegou. Entrou no carro apressada e olhou para o relógio com a confirmação de que chegaria atrasada a aula, já eram 7:35h, a aula já tinha começado. A cada sinal vermelho que surgia nas avenidas da cidade, o seu nervosismo aumentava, além da agonia de carros, também era horário de “pique”, os carros pareciam querer passar um por cima do outro, com seu noivo não era diferente, se ele pudesse passaria por cima de todos. Finalmente entra na estrada e seguem em direção a São Gonçalo (cidade onde seu noivo trabalha), e mesmo assim alguns carros insistem em se arrastarem, com certeza não estão com tanta pressa e pouco se importam com a pressa dos outros. Já são 7:55h, Lise agoniada pergunta para seu noivo se daria tempo de chegar a São Gonçalo 8:10, horário de seu ônibus para Cachoeira, ele a olha com um olhar de incerteza, o que a deixa mais nervosa.
Ao chegar à rodoviária avistou um ônibus da Santana parado em seu ponto, percebendo que poderia ser o seu, da um beijo de despedida em seu noivo e sai feito louca em direção ao veículo. Bendita sorte!Era o seu!Nunca ela tinha tido tanta sorte, geralmente esperava horas e horas por ele, que sempre chegava atrasado. Pela primeira vez ela agradece por mais um atraso. Ao entrar no ônibus, deu uma olhada geral, fora os que já estavam dormindo, todos tinham um olhar sonolento. Não responderam seu bom dia, pareciam estar de mal com a vida. Também ninguém merece viajar de ônibus, ainda mais naquele horário. Sentou na primeira poltrona do lado do motorista, seu lugar predileto, apesar da manhã agoniada, parecia que agora o vento soprava ao seu favor. Após sair da cidade e entrar na estrada, o sol logo começou a incomodar, puxou a cortina e logo resolveu seu problema. Cochilou e em seguida já tinha chegado a Cachoeira.
Parou no ponto de sempre, e, ainda meio sonolenta, apressou-se em direção de casa para deixar suas coisas, fazendo isto, desceu em direção a UFRB. A aula de jornalismo impresso 2 já tinha começado. Entrou e sentou ao lado do professor Leandro que já tinha iniciado a discussão do texto. Todos estavam sentados em uma elipse mal feita, pareciam prestar atenção. A aula desenrolou-se naturalmente, com a participação de boa parte da turma. Com o término da discussão, o professor passou uma atividade, na qual todos deveriam escrever um diário. Lise começou sua tarefa. Chegada à hora (meio-dia), ela deu uma pausa, para ir almoçar, retornaria depois à noite para terminar, e a tarde para uma outra aula.
Chegou em casa morta de fome, afinal de contas levou a manhã inteira com uma caixinha de Nescau. Ane, a moça que trabalha em sua casa, já tinha posto a mesa, mas ainda faltava seu pai e seus irmãos chegarem para o almoço. Em sua casa existe o costume de todos almoçarem juntos, seu pai estabeleceu um horário limite para esperá-lo, depois de 12:30 pode iniciar a refeição sem a sua presença. Porém hoje era uma exceção, as 12:00 o estômago vazio falava mais alto, acabou quebrando uma regra. Serviu-se no fogão mesmo e começou a almoçar. Quando já estava no final, chegaram todos, perguntada o porquê da pressa, explicou-se e logo subiu para tomar um banho. O chuveiro parecia não colaborar, mesmo sem ser elétrico a água saia mais quente que tudo, e naquele momento água gelada era o que ela mais desejava, afinal de contas o calor era insuportável. Saindo do banho, aprontou-se e sentou no computador para terminar um trabalho encomendado por seu colega. Terminado, já estava na hora de retornar a universidade para a aula de jornalismo on-line. Chegando à entrada da instituição, encontrou com seu colega com o qual discutiu sobre os últimos ajustes do trabalho.
A aula já tinha começado, leu a tarefa deixada no quadro, um estudo dirigido em dupla. Percebeu que quase todo mundo já tinha a sua dupla, por isso perguntou em um tom de voz alto se tinha alguém sozinho. Sandrine logo se prontificou, e então sentaram juntas para ler o texto e fazer a tarefa. Começaram cheias de seriedade, concentradas em entender o texto, mas chegando ao final, o cansaço deixou a leitura confusa, Sandrine começou a fazer gozação, pulava linhas, lia com rapidez e incorretamente, e logo as gargalhadas surgiram. Dá 15:30, horário de entregar o trabalho e discussão do mesmo. Feito, a aula chega ao fim. Saiu apressada em direção de casa. No caminho encontrou com Vanhise, sentaram, e juntas resolveram umas pendências de um trabalho. Retomando seu caminho, chegou em casa. De repente percebeu uma caixa fechada em cima do balcão da cozinha. Uma alegria à contagiou, logo veio em mente o modem da internet, que esperava chegar. Pegou a caixa e viu que estava destinada em seu nome, e logo teve certeza. Correu para tentar instalar a internet, mas percebeu que iria precisar de um fio. Pegou o carro e foi até uma loja de material de construção para comprar. Aproveitou que estava na rua e passou para pegar sua mãe no trabalho. O calor tava infernal paramos e tomamos um sorvete. Já eram 18h, Lise, agoniada apreçou sua mãe para voltar para casa, ainda tinha que instalar a internet e logo depois ir a aula de Leandro 19:30h.
Imaginando que tudo seria fácil se decepcionou ao não conseguir instalar a tão desejada internet, tentou por horas, sem êxito. O horário da aula já chegara, o jeito era deixar a instalação para o outro dia. Triste notícia!

Nenhum comentário: