segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Meu dia foi uma desgraça...

Sandrine Souza

Quando cheguei à faculdade fiquei sabendo que teria que escrever sobre o meu dia, não queria compartilhar um dia tão desinteressante, estressante, desestimulante...mas, enfim, Leando do jeito que é... tive que fazê-lo.
Querido diário... Acordei às 08h10, duas horas depois do programado no dia anterior. Depois de duas noites "achadas" nos bares da cidade, dormi do domingo à tarde até hoje pela manhã, com alguns breves intervalos para comer e tomar banhos e comprimidos, porque não me sentia bem. Acordei com uma puta dor de cabeça e mal estar herdado do fim de semana, que se prolongou o resto do dia. Tomei um banho gelado bem demorado para tentar acordar. Ás 9h00 bebia um gostoso suco de frutas no Pereira - queridos amigos - e fumei um cigarro. Tentei ir para aula, mas não consegui, o corpo se recusara. Fui para casa e comecei a ler o texto para o seminário de amanhã, foi uma luta ler aquele texto, o corpo esmurecido só queria cama. Depois tive que lavar as louças (odeio atividades domésticas, especialmente lavar as louças) para que Tan, minha companheira de casa, se conpadecesse e fizesse o almoço. O meu gato, Lupo, amarelo, com a rabo torto devido ao atropelo que viveu no dia em que o resgatei da rua, passou a manhã toda subindo na mesa atrás dos biscoitos que eu comia enquanto estudava, até que em um momento de histeria eu berrei e o atirei na lavanderia. A sorte é que gato tem um bom reflexo e, sabe lá porque diabos, só cai de pé. Não teve jeito, ele subiu na janela e ficou ollhando para mim, eu fiquei histérica de novo. Ele chorou; isso foi o suficiente para me fazer pegá-lo no colo e pedir desculpas. Afinal, ele não tinha culpa do meu mau humor, produto da insistente enxaqueca e sensação febril. Bom, mas eu também não tenha culpa (prefiro pensar assim) do meu mau estar. Depois do almoço, que não estava muito bom, eu tomei um banho bem demorado ouvindo música no volume mais alto que o aparelho me permitia: " Era pra você a carta de amor que disseram ser para um terceiro". Na aula da tarde, Alene deu uma bronca na turma e, para completar, Carlindo, um colega de sala, disse que a nova música do Psirico tinha sido inspirada em mim. Nem queiram saber como é a letra da música, saber que é do Psirico é suficiente. Acho que ele achou que seria um elogio. Bom, para variar, virei motivo de chacota na sala. Cheguei da aula e Tan estava fazendo sopa. Adorei, a sopa tinha o mesmo sabor da de minha mãe. O que ela estaria fazendo agora? Bom, deu um gostinho de saudade que tive que desgutar com rapidez porque mais uma bendita aula me aguardava. Cheguei na faculdade mais cedo, ou pelo menos pensava isso até ver um dos grupos do qual faço parte reunido. Esperei de longe a aula começar. Para completar o belo dia estou aqui na redação de jornalismo escrevendo um texto sobre o meu dia, que, como já deixei claro, está sendo feito contra a minha vontade. Não foi exatamente isso que tinha programado para esta noite. Hoje, nem a droga do telefone tocou, ninguém trouxe uma notícia agradável, nada de relevante aconteceu e, se aconteceu, infelizmente, nem percebi. Aliás, o telefone tocou, um colega, Só love, "filho duma puta", ficou dando toque para o meu celular na minha frente para testar a minha paciência e ver minha reação, deu vontade de esganá-lo quando descobri que era ele o autor do trote. O meu consolo é que a noite não acabou e "ainda é uma criança". Na verdade, acho que só disse isso para tentar deixar uma mensagem de otimismo para descarregar um pouco o leitor que se interessar por este adorável título, mas, a verdade é que vou terminar a noite concluindo o seminário de amanhã.

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