segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Corpo de menina e jeito de mulher

Camila Moreira

Pense numa mulher pequena, agora diminua um pouco mais, aí, agora sim chegamos lá. O engraçado é que, o que falta no tamanho sobra na ousadia. Cerca de um metro e sessenta centímetros. Corpo magro, braços finos e curtos. Mãos pequenas, mas bem pequenas, dessas de meninos de 10 anos. O resto do corpo não é diferente.
Ela é toda pequena e magra. Pés pequenos, dedos curtos. Teria um corpo de boneca se não fosse o bumbum avantajado, proporcional ao seu tamanho, denotando que aquele corpo já é de uma mulher. O rosto é redondo e grande. Se fizermos um esforço e imaginarmos aquela cabeça em outro corpo, certamente ela não estaria pregada em braços e pernas tão finos. Bochechas e lábios grandes, aparelhos nos dentes, nariz largo, olhos um pouco inchados e negros. Negros, como a sua pele e cabelos. Cabelos esses que são um caso a parte. Parece que eles lhe roubaram toda força, porque o que lhe falta em carnes, sobra em cabelo. Cacheados, volumosos, presos pra trás, verdadeiramente domados. Soltos, eles devem ser uma fera. Esmalte ela não usa, ou então deve ser desses transparentes imperceptíveis. Brincos pequenos, discretos. Parece ser uma mulher pouco vaidosa, mas não desleixada. Suas roupas não demonstram isso. Ela assume um visual alternativo. É básica. Saia jeans curta, blusa azul estampada de flores, bem solta no corpo, sandália de couro marrom.
Voz imponente, feminina e imponente. Olhar atento, reflexivo e até preocupado.
Corpo de menina, roupas de menina, tamanho de menina. E a meninice acaba por aí, porque quando ela fala ou você ouve, ou então ela rasga um desses nomes feios que deixam bem claro que a mulher se faz presente.

Um comentário:

Leandro Colling disse...

bom, mas ainda faltam comparações para formar mais a imagem