segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Noite

Daiane Dória
"Erros são no final das contas, fundamentos da verdade". Li isso uma vez, não lembro bem quem disse. Porquê? Porque lembrar disso agora? Erros. Parecem que me perseguem. Entro numa rua, dobro uma esquina... e lá estão eles. Eu cometo. Cometo muitos deles e depois... o que fazer? Desculpas, desculpas, desculpas. Erro e depois... arrependimento, culpas, desculpas, perdão. Perdoa??? Perdão rápido, com rancores breves. Preciso cometê-los de novo. E então é isso. Não, não é isso, ele diria. Madura. Imatura. Errante. Culpa. Desculpas. Amor e perdão. Sentença: culpada. Braços e abraços e indiferença. Cansaço. Limite. Insisto e nada. Não estou aqui? Ele resiste. Tudo pelo seus pensamentos. Amor, perdão? Noite longa, o tempo não passa e eu insisto. Braços, pernas e abraços sem êxito. Sono vem sono vem sono vem sono, e sonho, e acordo e... nada. E era verdade, é verdade. Ele está acordado, sei que está. Carinho, indiferença. Abraço, indiferença. Inquietação e orgulho. E o orgulho passa. Acabo de assumir para mim os erros que já são meus. E tento, tento, abrço e nada. Sono vem sono vem sono. Arrependimento e manhã. Dia. Bom dia! (áspero). Resposta seca: Bom dia! (dói ouvir). Verdade. Conversas. Beijo. Desculpas e perdão. E amor.

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