terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Búuuuu.....

Por: Talita Costa

Eu tranquei o cadeado...? Tranquei... E a janelas e porta da cozinha... também. Ninguém entra. Meus celulares estão aqui. Pronto. Eu não gosto de estar sozinha em casa e ter que vim direto pra cama. Me dá um medo!!! Ter que conferir tudo e sair apagando as luzes. Tenho medo dessa escuridão toda. Tenho sempre a sensação de alguém estar me observando. Prefiro dormir no sofá. È mais fácil. No meio da noite, eu acordo e puf na cama, direto. Só acordo no outro dia. Agora eu fico aqui, prestando atenção em tudo, sem conseguir pregar o olho. O que foi isso? Qual o número da polícia, meu Deus? 190? Já vou deixar em ponto de bala aqui no celular, sei lá, vai que acontece alguma coisa. DROGA! Meu celular tá descarregado. Era só o que me faltava. Fiquei esse tempo todo no computador e nem lembrei de carregar. Agora também não adianta mais. A tomada fica longe da cama e eu não vou ter coragem de ir pegar o celular. No máximo eu cubro a cabeça e rezo se for gente morta e grito se for viva!!!! Vai ficar assim mesmo, por mim. Cadê esse sono que não aparece!!! Eu vou ficar de barriga pra cima. Tô sozinha e não tenho por quem chamar. Deitada de bruço alguém me prende na cama. Melhor não. Ainda bem que os cachorros não estão latindo, pelo menos isso. Merda! Agora é que é coisa. Esses gatos resolveram brigar todas as noites. Nessa agonia o tempo todo. A porta tá destrancada, fica mais fácil sair correndo. Daqui que eu ache a chave no meio de tanta bolsa nesse quarto. Já era!!! Também, ficar olhando para o escuro da sala, não dá. Vultos passando e barulhos estranhos é o que mais dá ali naquele breu. Ninguém consegue entrar aqui. O muro é alto. E cortaram o galho. Eu pulo a janela e grito, se alguém entra pela porta da cozinha. Ele é policial e vem logo. Que moto é essa rapaz!!! Esse barulho me dá raiva. Que moto barulhenta... O que alguém tá fazendo na rua uma hora dessas? Debaixo dessa chuva? Uma hora da manhã... De uma quarta-feira...como é que pode!!! Esses barulhinhos nojentos. Estalos. Coisas batendo. Será que é aqui? Eu morro de medo de assombração. Meu Deus, “o Senhor é meu pastor e nada me faltará!”

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