sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Dia de grande expectativa

Por: Queila Oliveira

Nem um pouco acanhada. Louca pra chegar o grande dia. Juliana estava morrendo de vontade de dar a zuzinha, isso mesmo, seu órgão genital. A menina tinha um fogo que perdia para uma cadela no cio. Nem o corpo de bombeiros conseguia apagar esse fogo todo.
O encontro foi marcado na pracinha perto de casa. Deviam ver a empolgação da garota naquele dia, era uma mistura de medo, expectativa, felicidades e ansiedade. Três meses de namoro e o que lhe restava era torcer para tudo dar certo. Nada mais propício do que um final de semana chuvoso, um friozinho gostoso e melhor ainda, ele tinha conseguido o carro do pai.
As outras tentativas no carro não tinham dado certo. O carro era muito desconfortável. Eles resolveram que dessa vez ia ser no Plaza, o motel mais chique da cidade. Juliana lembra de como era engraçado quando o clima esquentava no carro. Um sonzinho romântico, beijinhos, carícias, e Pedro vai para cima dela com uma ânsia, que misericórdia!
- Pedro, calma!
- Você me deixa louco e agora quer calma.
- Alguém pode chegar. Juliana indaga
- Não aqui é muito escuro, não vão ver. Relaxe!!
Os dois começam a ficar ofegantes.
- Cuidado com minha blusa, você vai rasgar.
- Esse banco tá me furando.
Chupões por toda parte e Juliana cada vez mais nervosa.
- Corre, core, corre. Tem alguém vindo. Eu conheço aquele carro. Vão nos ver. Minha mãe vai me matar.
Desesperados e com medo de serem apanhados por alguém conhecido, resolvem ir embora. Depois do susto, só esperando mais um pouco para irem ao um lugar mais decente.
Sim... O dia do motel. Como já havia dito, o dia estava propício para uma noite romântica, como toda menina imagina a sua primeira vez. Juliana compra um lingerie novo, para fazer uma gracinha. Lá vão eles empolgados.
- Hoje vai. Afirma Pedro, com um sorriso de rasgar a boca.
Vão os dois em direção ao motel. Olhando para todos os lados para ver se não vem alguém e finalmente chegam ao motel. Pedem um quarto. E sem demora, lá vão eles. Chegando ao quarto, Juliana entra no banheiro para se produzir. Cada segundo para ele é uma eternidade.Até que não agüenta e resolve bater na porta.
- Já to saindo.
Nervosa ela sai do banheiro com seu lingerie novo, toda perfumada e maquiada.
Ele a pega no colo e vai direto para cama. Quando ele começa a acariciá-la, ouve um...
- ESPERA.
Já sem paciência diz:
-Afffffffff ... O que foi dessa vez?
- Nada... Eu só to um pouquinho nervosa.
- Você pode apagar a luz?
Ele na ânsia, nem levanta. Joga uma toalha no lustre.
- Pronto resolvido.
O que ele menos queria aconteceu. Foi interrompido mais uma vez. Já tava no capítulo 10 do livro de anatomia e... a toalha começa a pegar fogo, com a lâmpada muito quente.
- Corre... Levanta... Faz alguma coisa..., grita Juliana morrendo de medo de pegar fogo em tudo.
Pedro desesperado procura algo para derrubar a toalha. Para piorar a toalha cai na cama e queima o lençol também. A confusão se formou e o que lhes restavam era pegar suas coisinhas, pagar o prejuízo e ir para casa esperando o próximo grande dia. Depois de muito esforço conseguem conter o desastre.
- E agora o que vamos fazer? Pergunta Juliana.
- Éh, vamos ter que pagar o prejuízo. Só que eu não tenho dinheiro suficiente.
Juliana fica mais desesperada ainda.
- Vamos ficar presos aqui. Todo mundo vai saber.
- Calma amor. Vou conversar com a recepcionista Ele teve que pagar, além do quarto, a lâmpada queimada, os lençol, a tolha. Por não ter dinheiro para pagar todo o prejuízo, teve que penhorar algumas coisas. Só foram liberados por que a recepcionista era uma conhecida dele. Com certeza essa primeira vez foi inesquecível.

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