segunda-feira, 15 de setembro de 2008

UFRB alçando novos vôos

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia recepciona os “calouros” de três novos cursos com palestra de Edgard Navarro.

Por Daniela Oliveira

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia promoveu uma série de eventos acadêmicos durante toda a primeira semana de aula, o chamado Reencôncavo, como uma forma de dar boas vidas aos novos estudantes e principalmente acolher aos calouros dos três novos cursos implantados nesse semestre 2008.2, são eles: Ciências Sociais, Serviço Social, Cinema e Audiovisual, além de uma nova turma do curso de História, com aulas noturnas.
Dentro dessa programação, ocorreu no Convento do Carmo a aula magna ministrada pelo polêmico e irreverente cineasta baiano Edgard Navarro, que contou um pouco da sua trajetória e alguns motivos que o levaram a ter interesse pelo cinema. Surgiu como uma forma de fugir da realidade, sendo a vida é muito difícil e no cinema tudo sempre acaba dando certo. “O cinema é algo que inebria, avassala os sentidos”, diz ele.
Levou o público ao riso diversas vezes, com a maneira própria e bem humorada de lidar com a vida e com o cinema. Para ele, a implantação do curso de Cinema e Áudio Visual é um passo decisivo para o desenvolvimento do cinema na Bahia. O coordenador do curso, professor Danillo Barata, também se mostra bastante esperanço e ansioso por essas mudanças, para ele o curso irá trazer a ampliação dos olhares com relação a essa área, além é claro de trazer avanços na área do Audiovisual como um todo, não apenas o cinema, aliás abrirá portas que vai muito além do mercado convencional, diz ele. A escolha de Edgar Navarro para a aula magna não foi apenas por ele ser conhecido nacional e internacionalmente, mas também como diz Barata, “ele é uma história viva do Audiovisual”; já que ele vem acompanhando todas as mudanças ocorridas na área, desde as dificuldades vividas na década de 60,70, como os dias atuais e todo esse novo olhar, essa nova realidade que está sendo colocada em prática na área. Os calouros do curso também aprovaram a escolha de Edgar para a aula inaugural “Edgard fala muito por nossa geração. Eu já o conhecia de outros encontros, ele é especial para mim, um cara muito bacana, o cara ideal para essa aula”, como afirma o estudante Leon Sampaio, 21 anos.
NOVIDADES - A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia quebrou diversas barreiras sendo pioneira com a chegada de novos cursos. A exemplo do curso de Cinema e Audiovisual, que teve sua implantação diversamente debatida pela Universidade Federal da Bahia, e não foi implantada lá, sendo a UFRB a primeira da Bahia a implantá-lo. Já com curso de Serviço Social, é a primeira universidade pública a implantar essa graduação no estado,sendo que ele só é ministrado em algumas faculdades particulares. As expectativas que possuem a coordenadora do curso são as melhores possíveis, Lucileide Nascimento espera que o curso consiga formar profissionais competentes e críticos para o exercício da profissão de Assistente Social. O professor representante do curso de Ciências Sociais, Clóvis Zimmermann, acredita que o curso é uma oportunidade de abrir novos caminhos. Segundo ele, a escolha de implantação do curso em uma cidade como Cachoeira não foi por acaso, as cidades históricas são ideais para esse tipo de curso e Cachoeira ainda tem o diferencial de ter diversas manifestações culturais, o que são um ótimo campo de estudo para a Antropologia, uma das áreas de abrangência do curso. Para Zimmermann, a chegada do curso será a chave para o desenvolvimento da região, de maneira especial com relação ao aproveitamento das políticas públicas, sendo necessário que se conheça melhor a região para que essas políticas sejam implantadas dentro dessa realidade e assim possa ter um melhor aproveitamento para a população.
Apesar de todo o pioneirismo exercido pela UFRB, os problemas de infra-estrutura ainda são um empecilho para que haja o pleno desenvolvimento de suas atividades e para que o campus de Cachoeira tenha unidade. É notável que a falta de um prédio único, para que os todos desfrutassem da convivência e interatividade com alunos de diversos cursos, seja prejudicial. Procurados pelo Jornal Reverso, os calouros reclamaram da falta do campus e disseram que a interação entre eles e os veteranos ficará comprometida, a exemplo do calouro do curso de Ciências Sociais, Gerinaldo Lima, 30. “Acredito que ficará comprometida sim. É preciso lutar pelo término das obras, para que todos possam partilhar do mesmo bem.” Já outros acreditam que mesmo havendo essa fragilidade nas relações entre os calouros e veteranos devido a falta de entrosamento, há sim como se ter uma boa relação. “A relação se faz muito mais fora da universidade, até pela cidade ser pequena isso contribui para isso”, como diz o calouro do curso de Cinema e Audiovisual, Leon Sampaio, 21 anos.
O término das obras do quarteirão Leite Alves estão previstas para serem concretizadas até o final do ano, como afirmou o professor André Itaparica durante a apresentação aos calouros ocorrida também no Convento do Carmo, que contou com a presença de representantes de todos os cursos do CAHL. Só resta aos estudantes a esperança de que com a finalização das obras, a o centro possa de fato ser sólido.

Um comentário:

Unknown disse...

Quero saber quando é que vai ser incluido na ufrb o curso de jornalismo??