Toniel Costa
Três gaiolas com canários alemães dão as boas vindas aos clientes e visitantes que entram no salão Glória. O pequeno espaço do local não é proporcional à infinidade de materiais de trabalho, aparelhos eletrônicos, como TVs e rádios e utensílios decorativos, como quadros e relógio de parede.
Logo na entrada, é possível visualizar o título de cidadão cachoeirano concedido em 26 de junho de 1984 ao atual proprietário do salão, Antonio Soares Bezerra, nascido em Conceição da Feira.
O trabalho no local é feito em três cadeiras de modelo antigo, aparentemente da década de 60 e, surpreendentemente, por nove espelhos emoldurados que ocupam todo o lado esquerdo da barbearia.
Amante do futebol, seu Antonio exibe 23 pôsteres dos mais diversos times do Brasil e de seleções do mundo. Na acanhada barbearia, convivem pacificamente lembranças de conquistas de Vasco, Flamengo e Botafogo, de um lado, e Bahia e Vitória do outro. O sacrifício do vascaíno vale para conquistar clientes de todas as agremiações e para agradar o seu auxiliar, flamenguista de coração. Não há unanimidade nem quando se trata das seleções. Mesmo priorizando as conquistas do Brasil, ainda sobra espaço para um encarte de jornal com a foto dos atletas da Itália tetracampeã mundial de 2006.
No canto superior esquerdo da barbearia, estão expostos troféus do time de futsal de Antonio. Logo abaixo se encontram cinco pequenos quadros decorativos com vasilhas pintadas.
Dentre tantos utensílios, o que o negro de 56 anos, meia altura, cabelos grisalhos, vestido com uma camisa branca e short verde exibe com mais orgulho é uma reportagem feita há um ano pelo jornal A Tarde, na qual o mesmo reclama não poder fazer reformas no seu salão porque o prédio pertence ao IPHAN, e todo o processo é muito trabalhoso.
Toda a movimentação é monitorada por um outro canário alemão que fica no teto do centro do estabelecimento.
O falante dono do salão, que também é torcedor do Bahia, há 34 anos é o responsável do estabelecimento comercial que, além de ser patrimônio da humanidade, guarda em seu reduzido espaço um acervo de lembranças particulares do forasteiro que se estabeleceu em Cachoeira.
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
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9 comentários:
Gostei do texto de Toniel. Ele conseguiu mesclar a descrição tanto do ambiente quanto do seu proprietário, fazendo do texto bastante interessante. Fora que as descrições ficaram legais.
Gostei do texto de Toniel. Ele conseguiu mesclar a descrição tanto do ambiente quanto do seu proprietário, fazendo do texto bastante interessante. Fora que as descrições ficaram legais.
Acho que Toniel começou bem, mas acabou fugindo um pouco da proposta de descrição. Apesar da maneira interessante como ele escreveu, acho que no final ficou mais narrativo.
Gostei do texto. Mas acho que ele podetia ter passado mais a idéias de muitos objetos acumulados na barbearia. Essa idéia de bagunça,pouco espaço pra muita coisa. Achei que faltou também descrever sensações, emoções, cheiros e iluminações. O clima no geral.
Achei o texto legal. Ele conseguiu descrever tanto o proprietário, quanto o ambiente.
Gostei do texto. Mas acho que ele podetia ter passado mais a idéias de muitos objetos acumulados na barbearia. Essa idéia de bagunça,pouco espaço pra muita coisa. Achei que faltou também descrever sensações, emoções, cheiros e iluminações. O clima no geral.
texto é bom mas, a rigor, descreve pouco o lugar. forma pouca imagem para quem nunca entrou no salão
Gostei do texto. Mas acho que ele podetia ter passado mais a idéias de muitos objetos acumulados na barbearia. Essa idéia de bagunça,pouco espaço pra muita coisa. Achei que faltou também descrever sensações, emoções, cheiros e iluminações. O clima no geral.
Toniel
gostei, ficou uma descrição prazerosa para ler, mas sinto que faltou destacar mais as emoções...
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